Podemos até dizer, talvez, que voar esteja relacionado com a ideia dos humanos de liberdade, de superar seus limites, de aproximar-se de Deus ou de simplesmente voar como os pássaros. Tudo isso é muito legal, mas o fato é que nós, seres humanos, não temos estrutura física para voar e para conseguir foi preciso criar mecanismos. As primeiras máquinas de antigamente, na tentativa de fazer os homens voarem, não passavam de geringonças, que mostravam homens imitando asas de pássaros.
O gênio Leonardo da Vinci, já no século XV, criou diversos projetos que inspiraram os que usamos hoje. Até podemos dizer que, no objetivo de voar, ele é o grande responsável pela ideia da criação do helicóptero.
Mas voar mesmo só foi possível séculos depois. E foi em Paris, 1906, que o brasileiro de ascendência francesa Alberto Santos Dummont apresentou a uma comissão julgadora, em uma competição, o 14-Bis. Após algumas tentativas e muitas avarias, ele conseguiu: foi o autor do primeiro voo homologado pela Federação Aeronáutica Internacional — 220 metros, marcando assim a origem da aviação.
Após os primeiros aviões, muitos outros surgiram, mas foram as grandes guerras mundiais, de 1914 e 1945, que impulsionaram a aviação e a produção em larga escala, inclusive a comercial.
Já em 1964, o Blackbird SR-71 atingia velocidades Mach-3, três vezes a velocidade do som. O North American X-15, tripulado, desenvolvido pela NASA, atingiu, em 1967, 102.100 pés de altitude, ou seja, 31.128 km, uma velocidade superior à Mach-6, 7.274 km/h. Interessante é que essas invenções e inovações tecnológicos militares não são divulgadas, são guardadas a sete chaves, em segredo absoluto. E quando nós ficamos sabendo delas, já estão em desuso e se passaram décadas.